BLOGUE DA ESCOLA SANTA MÔNICA _ PELOTAS/RS

"Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra.

E te pergunta, sem interesse pela resposta.


Pobre ou terrível, que lhes deves:

'Trouxeste a chave?' "

(Carlos Drummond de Andrade. Procura da poesia)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A contação de histórias e suas metáforas

Nota: Sugiro a leitura do post imediatamente anterior a este (aqui).
"A contação de histórias e suas metáforas
Por Teresinha Brandão

Nada mais adequado para refletir sobre a contação de histórias do que lançar mão de outras histórias e fazer uso de algumas metáforas: a do labirinto e a da "embromação" de Sherazade.

Teseu escapou das garras do terrível Minotauro e encontrou a saída do labirinto graças a um "fio", que pode ser comparado a um elo pertencente a uma cadeia de narração de histórias.

Por sua vez, a manutenção da vida de Sherazade só foi possível por meio do encantamento despertado pela contação de histórias que, relatadas de maneira inteligente e sedutora, foram capazes de sensibilizar o rei Xeriar, tornando-o mais "humanizado", menos cruel e vingativo.

Em ambos os casos, o "fio condutor" da vitória de Teseu e Sherazade funciona como metáfora para se explicar a necessidade que temos desde sempre de contar histórias. Essa necessidade pode ser comprovada já na era das cavernas, quando a humanidade, reunida em grupos em torno de fogueiras, narrava seus grandes feitos e os transmitia de geração a geração valendo-se de desenhos registrados nas próprias cavernas.

Assim, toda vez que Teseu desenrolava o fio de linha no labirinto, e a cada história contada por Sherazade "portas se abriam"...! Eis o segredo da arte de narrar, sobre o qual vamos comentar mais detalhadamente em outros posts..." Por ora, a profa. Laís e eu estamos elaborando um material sobre narrativas. Aguardem!

Na primeira imagem, Ariadne; na segunda, Sherazade. Elas foram extraídas do site Cor & Poesia (aqui). Texto publicado originalmente em Tear dos Sentidos (aqui).

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