Para trabalhar com micronarrativas nas 8ª séries do Fundamental, selecionei algumas colunas de Voltaire de Souza (cliquem nos números para obter informações sobre o autor e ler seus textos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8).
Iniciamos a atividade com a leitura e discussão dessas colunas, que sempre apresentam no seu desfecho um dito popular, provérbio ou máximas, (re)significados ou não. Depois de refletirmos sobre o sentido literal/não-literal de alguns ditados populares, solicitei aos alunos que os contextualizassem respondendo à pergunta: "Em que situação vocês imaginam poder empregar esses ditados? Gostariam de modificá-los? Se modificarem, em quais outras situações poderiam ser utilizados?". Após responderem, avaliamos as colunas observando sua estrutura, características e outros detalhes. Então, pedi-lhes que escrevessem uma micronarrativa semelhante à do autor. O resultado foi a produção de textos muito criativos.
Muito sucintamente, e adotando uma concepção tradicional de narrativa, podemos afirmar que as micronarrativas são um gênero caracterizado pela concisão e brevidade, estruturado numa linguagem densa – contida, com muita economia de palavras –, coesa e intensa. A dimensão de tais contos é, portanto, compreendida pela sua profundidade temática.
Nesse gênero textual, observam-se os seguintes elementos: personagem(ns), que, numa sucessão de ações interligadas (explícita ou implicitamente), desencadeiam um conflito − seja psicológico seja existencial − numa narrativa. A tensão é, portanto, fundamental nesse gênero. O efeito da narrativa não se manifesta pela extensão, mas pela intensidade, o que não está escrito, mas, pela omissão, pelo imprevisível, pelo que surpreende. O foco narrativo geralmente é marcado pela 1ª ou 3ª pessoas do singular, ora com o emprego do discurso direto, ora, indireto.
No post a seguir, serão expostos os ditados, provérbios ou máximas analisados em sala de aula. Desejo-lhes uma excelente sexta-feira! Bj, profª Laís!
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