"O psicólogo, professor e cronista de arte Francisco Dias da Costa Vidal publicou aos 72
anos seu primeiro livro, Crônicas de um Roteiro Cultural (Educat, 2001).
Na época, guardava ideias e rascunhos de um diário de infância para outra obra, que seriam memórias das férias familiares na praia.
Neste post, apresento informações sobre Vamos ao Hermenegildo? (UFPEL, 2008) do mesmo autor.
"Em 1936, quando começaram aqueles veraneios, ele tinha seis ou sete anos. O médico da família havia indicado ar de praia e banhos de mar, para curar um início de tuberculose. Na época, não havia bons remédios e se acreditava que o iodo do mar ajudasse.
Na época evocada pelo livro, o acesso por terra era pela beira da praia, em coletivo, desde o Cassino até a Barra do Chuí, trajeto que se fazia em umas quatro ou cinco horas, dependendo do clima e do estado das areias. Quando o mar avançava, o movimento devia suspender-se por uns dias, sob risco de ficar preso entre as dunas e a água do mar.
"Em 1936, quando começaram aqueles veraneios, ele tinha seis ou sete anos. O médico da família havia indicado ar de praia e banhos de mar, para curar um início de tuberculose. Na época, não havia bons remédios e se acreditava que o iodo do mar ajudasse.
Na época evocada pelo livro, o acesso por terra era pela beira da praia, em coletivo, desde o Cassino até a Barra do Chuí, trajeto que se fazia em umas quatro ou cinco horas, dependendo do clima e do estado das areias. Quando o mar avançava, o movimento devia suspender-se por uns dias, sob risco de ficar preso entre as dunas e a água do mar.
Essa instabilidade aumentava a emoção e dava à viagem uma característica real de perigosa aventura, sem contar que, com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, pensava-se que a imensa praia gaúcha pudesse sofrer algum desembarque inimigo.
Dez anos depois, o menino já era um adolescente saudável, que nunca parecia ter estado ante o perigo dessa doença. Ante esse fato e o agravamento da Segunda Guerra, a família suspendeu os veraneios em fevereiro de 1945, nunca mais retornando à praia. Ficaram as lembranças daquele tempo, recolhidas nas evocações ao longo das décadas seguintes. Finalmente, elas passaram ao papel, configurando crônicas de memórias.
Dez anos depois, o menino já era um adolescente saudável, que nunca parecia ter estado ante o perigo dessa doença. Ante esse fato e o agravamento da Segunda Guerra, a família suspendeu os veraneios em fevereiro de 1945, nunca mais retornando à praia. Ficaram as lembranças daquele tempo, recolhidas nas evocações ao longo das décadas seguintes. Finalmente, elas passaram ao papel, configurando crônicas de memórias.
O texto foi revisado e formatado pelos filhos do autor, e ainda enriquecido com desenhos dele mesmo e 60 fotos daquela época, dando à obra um caráter de documento, de interesse afetivo e histórico para todos os santa-vitorienses e para quem conheceu os personagens do balneário do Hermenegildo nas décadas de 1930 e 1940: o Seu Santos, o Pedro Nariz, o Seu Arturo, a negra Atanásia, o Serafim Pires, o Gabino Cabrera.
O livro foi lançado em Pelotas em dezembro de 2008 pela Editora da UFPel, sendo logo lançado na Casa do Livro do Hermenegildo, com apoio e presença das autoridades municipais de Santa Vitória do Palmar. Em fevereiro de 2009, o autor participou da Feira do Livro no Cassino.
A professora Anita Carrasco escreve a apresentação da obra, com seu conhecimento vivencial da praia do Hermenegildo, apoiado pelos seus estudos de especialização em História e Geografia do Rio Grande do Sul."
O livro foi lançado em Pelotas em dezembro de 2008 pela Editora da UFPel, sendo logo lançado na Casa do Livro do Hermenegildo, com apoio e presença das autoridades municipais de Santa Vitória do Palmar. Em fevereiro de 2009, o autor participou da Feira do Livro no Cassino.
A professora Anita Carrasco escreve a apresentação da obra, com seu conhecimento vivencial da praia do Hermenegildo, apoiado pelos seus estudos de especialização em História e Geografia do Rio Grande do Sul."
Por Francisco Antônio Soto Vidal, editor de Pelotas, Capital Cultural (aqui) e escreve a seção Palavras sobre Palavras aqui no Alquimia.
Como é costume, na seção Biblioteca, indicamos livros adquiridos pela escola. Se forem de escritores pelotenses, melhor ainda! Eu li Vamos ao Hermenegildo? quase de "uma vez só" e adorei!!! Memórias de infância como essas devem ser lembradas! Sugiro a leitura!
Quem desejar adquirir o livro pode comprá-lo nas livrarias Mundial, Vanguarda, da UFPEL, ou Educat, ou da FURG, em Rio Grande. Há um exemplar na biblioteca da escola.
Obrigada, Francisco Antônio, por enviar o texto acima. Grata, Sr. Francisco! No post seguinte, postaremos uma crônica do livro. Desejo a vocês, alunos, uma excelente leitura! Bj, Tê!
Como é costume, na seção Biblioteca, indicamos livros adquiridos pela escola. Se forem de escritores pelotenses, melhor ainda! Eu li Vamos ao Hermenegildo? quase de "uma vez só" e adorei!!! Memórias de infância como essas devem ser lembradas! Sugiro a leitura!
Quem desejar adquirir o livro pode comprá-lo nas livrarias Mundial, Vanguarda, da UFPEL, ou Educat, ou da FURG, em Rio Grande. Há um exemplar na biblioteca da escola.
Obrigada, Francisco Antônio, por enviar o texto acima. Grata, Sr. Francisco! No post seguinte, postaremos uma crônica do livro. Desejo a vocês, alunos, uma excelente leitura! Bj, Tê!
Imagens: à esquerda: Praia do Hermenegildo; à direita: capa do livro.
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